É impressionante a maneira como João apresenta Cristo em seu evangelho. Cuidando da revelação divina do Messias, o apóstolo do amor percorre o caminho da defesa teológica da principal faceta de Jesus: sua natureza divina. Revestir seus discursos do caráter divino é acima de qualquer coisa uma busca constante de apresentar ao mundo a materialização do amor de Deus à humanidade. João inicia seu evangelho apresentando o Jesus divino e seu poder em nos tornar filhos de Deus. As minúcias da ação poderosa do Senhor na transformação de vidas não é importante para João agora, seu cuidado é em despertar o leitor para o conhecimento sintético e simplificado da ação miraculosa do Senhor em transformar a vida perdida do homem nascido da carne e desprovido de Deus num autêntico herdeiro das mansões celestiais, com a dignidade de filho de Deus, nas mesmas condições do Jesus. Hoje somos alcançados por essa grande dádiva do Senhor e temos fortes motivos para sermos o povo mais feliz do mundo visto que fomos alcançados por tão grande dádiva e agora usufruirmos do direito de sermos chamados de filhos de Deus. A exposição joanina é coerente: aos que o receberam. É preciso recebermos a Jesus reconhecendo-o como o Salvador enviado de Deus e capaz de operar a salvação em nossas vidas. Amém!
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